2025-04-13
Domingo de Ramos – Ano C 2025
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(excertos da forma breve: Lc 23, 1-49)
Ideia principal: A Cruz, onde Jesus ofereceu a Sua vida até à última gota de sangue, revela o incomensurável amor de Deus por nós; por Jesus, Deus ofereceu-nos a possibilidade de uma Vida nova.
- Lucas, também no relato da Paixão, põe em evidência a bondade e a misericórdia de Jesus… os outros evangelistas dizem que Jesus foi crucificado entre dois ladrões que O insultavam. Lucas, em vez disso, diz que um dos ladrões, tratando-O pelo nome, Lhe pediu: “Senhor, recorda-Te de mim quando entrares no Teu Reino”. Tendo escutado da boca do Senhor agonizante: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
- Na mesma linha, só Lucas nos diz que, pouco antes de expirar na Cruz, Jesus tem ainda força para dizer: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Palavras dirigidas aos soldados que repartem entre si as Suas vestes, mas, sobretudo, aos responsáveis pela Sua condenação e morte: as autoridades religiosas do Seu Povo. Jesus manda-nos perdoar sempre e sem condições. Manda e dá-nos o exemplo!
- Morre, num total abandono ao Pai: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito”. Esta última palavra de Jesus, na Cruz, é seguida pela confissão do centurião, pelo arrependimento da multidão, e pelo olhar atento dos amigos de Jesus sobre o que estava a acontecer. São três reações à morte salvífica de Cristo que Lucas evoca, para que os seus leitores as retenham na memória e guardem em seus corações.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor Jesus, na Leitura da Paixão fui mais sensível à forma como Te comportaste neste processo doloroso que Te conduziu à morte: sempre sereno e digno, sem recuar nem desistir… o Pai confiou-Te uma missão e Tu estás decidido a cumpri-la, para nossa salvação. Ó Jesus, meu Salvador, possa eu imitar-Te no cumprimento daquilo que o Pai me pede, ainda que tenha de suar grossas gotas de sangue. Amem.
EVANGELHO – excertos de Lucas 23,1-49 (forma breve)
Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão. «Não encontro nada de culpável neste homem». […] Pilatos enviou-O a Herodes. […]Tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. […] Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». […] Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam :[…] entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. Quando o conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. […]Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». […] Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? […]E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido aquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas.
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