Santa Filomena em Portugal

NOVENA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA

De 14 a 22 de setembro

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NOVENA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA

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Esquema para todos os dias

- Invocação do Espírito Santo
- Meditação e oração para cada dia da novena
- Coroinha ao Sagrado Coração de Jesus

1. Invocação do Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V/. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R/. E renovareis a face da terra.


Oremos. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos, segundo o mesmo Espírito, conhecer as coisas retas e gozar sempre das Suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amem.


2. Meditação e oração para cada dia

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Meditação: Santo Padre Pio e Nossa Senhora

O Padre Pio tinha um amor profundo a Nossa Senhora. Recomendava ele: “Amai Nossa Senhora e tornai-A amada”. Toda a sua vida, desde a infância, foi marcada pela presença da Mãe de Jesus. Nasceu em 1887, a 25 de maio, mês de Maria; o seu batismo foi celebrado na igreja de Santa Maria dos Anjos; era devoto de Nossa Senhora do Livramento, padroeira de Pietrelcina, a sua terra natal, e desde criança todos os dias, na igreja, rezava junto da sua imagem. Na cela, tinha um pensamento de São Bernardo: “Maria é a razão da minha esperança”. A 20 de setembro de 1918, quando recebeu os estigmas, teve, como única testemunha, a imagem de Nossa Senhora da igreja do convento de Santa Maria das Graças. Muitas vezes o Padre Pio referia o consolo da Mãe nos momentos de dor e aflição. Dizia: “Jesus e Maria são para mim como se fossem meus pais”.

O rosário era, pra o Padre Pio, motivo para a meditação e instrumento eficaz para a salvação das almas; era uma poderosa arma contra o pecado e o demónio – e isso, todos o sabiam. Quando uma das suas filhas espirituais lhe pediu uma palavra, uma regra de vida, o Padre Pio respondeu: “Minha filha, o rosário”. Quantas pessoas o viram, mesmo com a saúde debilitada, ajoelhado diante da imagem de Nossa Senhora! Nos últimos momentos de sua vida, de terço na mão, repetia: “Jesus, Maria… Jesus, Maria… Jesus, Maria…”.

Oremos.
Virtuosíssimo São Pio de Pietrelcina, que tanto amaste Nossa Senhora, e d’Ela recebeste, quotidianamente, graças e consolações. Suplico-te que coloques nas mãos da Virgem Santa os meus pecados e as minhas orações rotineiras, e, enquanto isso, intercede por mim, para que, como em Caná da Galileia, o Filho atenda à Mãe e o meu nome - e o nome daqueles, como eu, pobres pecadores - seja inscrito no Livro da Vida. Amem.

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Meditação: Santo Padre Pio e os estigmas

O Padre Pio teve no seu corpo, visivelmente, durante 50 anos, as chagas de Cristo crucificado. Por obediência ao seu diretor espiritual, desta graça fez o seguinte relato: “Foi numa sexta feira, na manhã do dia 20 de setembro de 1918. Estava no coro da igreja, na ação de graças da missa, e senti que, pouco a pouco, me elevava a uma oração sempre mais suave, até que uma grande luz me encandeou… e apareceu-me Cristo, que sangrava abundantemente. Do Seu corpo chagado saíam raios de luz que, como se fossem flechas, me feriram os pés, as mãos e o lado. Quando voltei a mim, estava sozinho e com chagas. As mãos, os pés e o lado sangravam e doíam-me a ponto de não ter força para me levantar. Sentia-me a morrer, e teria morrido se o Senhor não viesse amparar-me o coração que palpitava intensamente. Arrastei-me até à cela. Recostei-me e rezei, olhei outra vez para as minhas chagas e chorei, elevando hinos de ação de graças a Deus”.

O Padre Pio sempre associou a sua estigmatização à visão que havia tido em 7 de abril de 1913: “Jesus de rosto carregado pela dor, olhando para uma multidão de sacerdotes, disse-me: “Eu estarei em agonia até o fim do mundo, por causa das almas que mais privilegiei”.

Oremos.
Amado São Pio de Pietrelcina, que trouxeste no teu corpo os sinais da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tu, que carregaste a Cruz por todos nós, suportando os sofrimentos físicos e morais que te flagelavam a alma e o corpo num martírio contínuo, intercede junto de Deus para que eu saiba aceitar as pequenas e as grandes cruzes da vida, transformando cada sofrimento numa graça que me conduza à vida eterna. Amem.

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Meditação: Santo Padre Pio e o demónio

A vida do Padre Pio “é uma saga épica, um corpo a corpo entre um frade e o seu adversário”. Na verdade, a sua luta não era apenas espiritual, mas física. Tanto assim é, que os seus confrades escutavam os barulhos da luta vindos de sua cela e, na manhã seguinte, observavam os ferros da cama do Padre Pio retorcidos, obra que só podia ser de uma força sobrenatural. Viam também o Padre Pio com contusões e golpes, como se o tivessem espancado. O superior chegou a sugerir-lhe, quando ele ainda era um jovem frade, que rezasse ao Senhor pedindo que não permitisse ao demónio fazer tantos ruídos, já que os outros irmãos ficavam apavorados. Estes fenómenos aconteciam sempre que Padre Pio agia com a intenção de arrancar almas das mãos do demónio. “Os demónios nunca deixam de me atacar […], fazem-me até cair da cama. Despem-me a roupa para me chicotearem! Mas não me assustam porque Jesus me ama e Ele sempre me dá a mão para que, de novo, possa subir para a cama”, dizia o Padre Pio. “O demónio é inteligentíssimo e impostor. É o pai da mentira e, se não nos abandonarmos a Deus, consegue sempre enganar-nos”.

Se a pessoa está em comunhão com Deus, não tem que temer o demónio, o Padre Pio é disso testemunha credível. Ele próprio diz: “Coragem, não temas as agressões do diabo. Lembra-te sempre disto: “Se o inimigo rugir e gritar o seu perjúrio à tua volta, isso é bom sinal… é sinal que ele ainda não está dentro de ti”.

Oremos.
São Pio de Pietrelcina, que já estás no Céu, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo, tu que soubeste resistir às tentações do maligno. Sofreste os golpes e as insídias do endiabrado do inferno que quis que abandonasses o caminho da santidade. Imploro-te que intercedas junto de Deus por mim, para que com a tua ajuda e com ajuda de toda a corte celestial, consiga abandonar o pecado e perseverar na fé até o dia da minha morte. Amem.

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Meditação: Padre Pio e a santa missa (I)

A missa celebrada pelo Padre Pio, apesar de se prolongar durante mais de duas horas, atraía diariamente dezenas de fiéis à igreja do convento de Nossa Senhora das Graças, onde ele viveu 50 anos, desde 28 de julho de 1916 até à sua morte, a 23 de setembro de 1968. Sobre a santa missa, pela qual se dá a Deus “uma glória infinita” e “regenera o mundo” e onde encontramos “a Mãe que sempre se interessa pelas coisas do Filho” e “os anjos, em multidões”, o Padre Pio tem dizeres que não se esquecem… Durante a missa, “compadece-te e ama”, procura participar na missa à maneira “da Santíssima Virgem e das piedosas mulheres”, ou “como São João, tanto na Última Ceia, como no sacrifício cruento da Cruz”.

Quais os benefícios que recebemos ao participar na santa missa? Alguém lhe perguntou… a resposta veio pronta: “Não se podem contar. Vê-los-ás no céu. Quando assistires à santa missa, renova a tua fé e medita na Vítima que se imola por ti à Divina Justiça. Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de dor e de amor a Jesus, crucificado para tua salvação. A Virgem Dolorosa acompanhar-te-á e será a tua doce inspiração”.

Oremos.
Bendito Padre São Pio de Pietrelcina, sempre procuraste realizar a vocação à santidade a que todos somos chamados por Deus, e te ofereceste em cada missa para livrar os pecadores das teias de satanás, intercedei pelos que não creem em Deus, para que se abram à fé e se convertam, arrependendo-se do fundo de seus corações; intercede também pelos que têm uma fé débil e pelos lutam por um mundo mais justo, para que perseverem. Intercedei também por mim alcançando-me o dom das lágrimas… que após a santa missa derrame abundantes lágrimas de dor e de amor a Jesus. Amem.

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Meditação: Padre Pio e a santa missa (II)

Francisco Forgione foi, logo que nasceu, confiado à proteção de São Francisco de Assis por seus pais, Horacio e Giuseppa Forgione. Em 6 de janeiro de 1903, tinha 16 anos, entrou na Ordem dos Capuchinos. Vestiu o hábito de religioso e recebeu o nome de Pio, em 22 de janeiro desse mesmo ano. Foi ordenado sacerdote na catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910. Sempre chorava quando na missa se lia o santo Evangelho, e ele explicou a razão: “A nós parece-nos coisa sem importância que um Deus fale às suas criaturas e elas O contradigam e O ofendam continuamente com a sua ingratidão e incredulidade”. Porque chora o Padre no momento da consagração? - perguntaram-lhe. Ele respondeu: “Os segredos do Rei Supremo não se podem nem revelar, nem profanar. Perguntas-me por que choro… eu não queria derramar apenas essas pobres lagrimazinhas, mas sim torrentes de lágrimas”.

O Padre Pio repetia em cada missa as Sete Palavras que Jesus disse na Cruz. Quando chegava àquela: “Mulher, eis aí o Teu filho!”, voltava-se para Maria e dizia-Lhe: “Aqui tens os filhos do Teu Filho”. A sagrada comunhão “é toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a Jesus que te deixe senti-lO de forma sensível. Naquele que comunga, Jesus deleita-Se nele”. Quando Jesus se une ao Padre na sagrada comunhão, que podemos pedir a Deus por si? “Que eu seja outro Jesus, todo Jesus e sempre Jesus”, respondeu o Padre Pio.

Oremos.
Puríssimo São Padre Pio de Pietrelcina, que tanto amastes os vossos filhos espirituais, muitos deles os conquistastes para Cristo com o preço do vosso sangue, considerai-nos a nós, que não vos conhecemos pessoalmente, como sendo também vossos filhos espirituais; vós, que na celebração da santa missa sempre olháveis para os vossos filhos mais afastados, agora, do Céu, lançai sobre nós o vosso olhar para que também nós, neste mundo descrente, sejamos uma presença credível de Jesus. Amem.

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Meditação: O Padre Pio e o Anjo da Guarda (I)

O Padre Pio tinha muita devoção e proximidade com o seu anjo da guarda. Era, ainda muito pequeno quando começou a ter visões do seu anjo da guarda, de Jesus e de Maria. A sua mãe, Giuseppa, referindo-se a essas visões, diz que Francesco – nome que recebeu no batismo - pensava que todas as pessoas viam o que ele estava a ver. O Padre Pio confidenciou um dia que guardava memória tudo o que se passou na sua infância, até daquilo que presenciou quando tinha ainda poucos meses.

Numa carta a uma sua filha espiritual, dizia o Padre Pio: “Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona um instante, nem mesmo quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão. É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, e oferece a Deus todas as nossas boas ações e, se são puros, os nossos pensamentos e os nossos desejos”.

Numa ocasião em que foi alvo de um feroz ataque do demónio, o Padre Pio chamou várias vezes, em voz alta, pelo seu amigo anjo da guarda, mas em vão… Quando o anjo apareceu a consolá-lo, o Padre Pio, zangado, perguntou-lhe porque não o tinha socorrido naquela aflição. O anjo respondeu-lhe: “Jesus permite estes assaltos do diabo porque tem compaixão de ti e quer que te assemelhes a Ele no deserto, no horto das oliveiras e na cruz”.

Um homem, que vivia longe, lamentou ao Padre Pio ter pouco dinheiro para as viagens longas e caras até São Giovanni Rotondo, pelo que não podia ir ter com ele tantas vezes como precisava, ao que o Padre respondeu: “Quem te disse que precisas de vir até aqui? Não tens o teu anjo da guarda? Diz-lhe o que precisas, manda-o até mim e terás a resposta”.

Oremos.
Piedosíssimo Santo Padre Pio de Pietrelcina que recebeste de Nosso Senhor a graça especial de ver constantemente o teu anjo da guarda com quem tinhas uma relação de grande proximidade. A mim não me foi dada essa graça de poder ver o meu anjo da guarda, mas posso manter com esse ser espiritual que Deus colocou a meu lado para diariamente me proteger e rezar-lhe muitas vezes a bela oração que tu nos ensinaste: “Anjo de Deus, meu guardião, a quem a bondade do Pai Celestial me confia, ilumina, protege e guia-me agora e sempre, Amem”. Amem.

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Meditação: O Padre Pio e o Anjo da Guarda (II)

“Desde que é concebido até à morte, […] cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida”, ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 336). Com o seu proverbial sentido de humor, dizia o Padre Pio: “Se a missão do anjo da guarda é importante, a do meu é ainda mais importante, porque é tradutor de várias línguas”. Um dia o Frei Alessio, frade da sua comunidade, aproximou-se do Padre Pio com o monte das cartas recebidas naquele dia e, quis aproveitar a oportunidade para lhe fazer várias perguntas… “Não vês que estou ocupado?”, disse-lhe o Padre Pio. Aborrecido, Frei Alessio retirou-se. O Padre Pio deu-se conta e foi atrás do Frade dizendo-lhe: “Não vistes que estava rodeado de anjos? Eram os anjos da guarda de vários dos meus filhos espirituais que vieram com mensagens deles. Algumas das respostas eram urgentes, por isso não te podia dar atenção”. E o pequeno conflito ficou sanado.

Nem todas as noites eram de luta física com o diabo. O Santo capuchinho, deixou-nos este testemunho: “De noite, fechava os olhos, o véu descia e via abrir-se diante de mim o paraíso; consolado por esta visão, adormecia com um sorriso doce e feliz nos lábios e com uma grande tranquilidade, esperando que o meu pequeno companheiro de infância viesse despertar-me para rezarmos juntos as orações da manhã ao Amado de nossos corações”.

Dirigem-se também a nós estas recomendações do Padre Pio a uma sua filha espiritual: “Não te esqueças desse companheiro invisível, sempre presente, disposto a escutar-te e pronto para te consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso… Lembra-te com frequência da presença desse anjo, agradece-lhe, pede-lhe o que precisares, goza da sua boa companhia. Toma cuidado para não ofenderes a pureza do seu olhar. Ele é muito delicado, muito sensível. Nunca te queixes de estar sozinha nos combates conta o inimigo; nunca te queixes de não ter alguém a quem te possas abrir e confiar. Isso seria uma ofensa para o teu anjo da guarda”.

Oremos.
Castíssimo São Pio de Pietrelcina, que tanto amaste o teu anjo da guarda; ele te guiava, defendia e era o teu mensageiro. Os anjos levavam até ti as preces daqueles que precisavam da tua ajuda. Intercede por mim a Deus para que também eu aprenda a falar com o meu anjo da guarda e a obedecer-lhe, pois ele é a luz viva de Deus que me pode livrar da desgraça de cair em pecado, sempre está pronto a ensinar-me o caminho do bem e a dissuadir-me de fazer o mal. Amem.

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Meditação: O Padre Pio e as Almas do Purgatório

O Concílio de Trento, em 1563, ensinou que o purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo oferecimento do santo sacrifício do altar. Participar da glória de Deus, no céu, é o anseio de cada cristão, mas, para que tal aconteça é preciso esta a alma, purificada de seus pecados, esteja pronta para amar a Deus. Depois da morte, essa preparação próxima para o céu, faz-se no purgatório. Nossa Senhora, em Fátima, ensinou a seguinte jaculatória: “Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem". E as que mais precisam são justamente as que estão no Purgatório.

O Padre Pio tinha uma relação muito especial com as santas almas do purgatório que o visitavam com assiduidade, umas vezes para pedirem ajuda, outras vezes para agradecerem o modo como foram ajudadas.

Na altura em que decorria a segunda guerra mundial, estavam os frades em convívio após o jantar, quando ouviram vários homens gritando à uma: “Vida longa ao Padre Pio! Viva, viva o Padre Pio!” O som vinha da entrada do corredor do piso inferior ao salão onde estavam os frades. Quem seriam? O Irmão Gerardo saiu, tentando descobrir quem tinha gritado, mas encontrou o corredor vazio e escuro. Foi-o dizer ao Padre Rafael, o superior, que, por sua vez, pediu ao Padre Pio uma explicação da ocorrência. O Padre Pio, sereno e cheio de humildade, explicou que as vozes que gritaram: "Viva o Padre Pio"!, eram de uns soldados que tinha morrido na guerra, por quem ele tinha rezado, e que vieram agradecer as suas orações. Estes, como muitos outros, vieram agradecer. Mas outros, como o noviço, vieram pedir ajuda… O Padre Pio, estava no coro da pequena igreja de Nossa Senhora das Graças, em oração. Ouviu, na zona do altar principal, passos e alguém mexendo nas velas e nas flores. Como a ocorrência prosseguia, veio cá abaixo ver o que se passava. À luz da lamparina do Santíssimo viu, na penumbra, um jovem de hábito, parecendo limpar qualquer coisa… “O que estás a fazer no escuro?”, perguntou. A resposta não se fez esperar: “Estou limpando”. “Limpando nesta escuridão?”, retorquiu o santo. “Quem és tu?”. “Sou um noviço, há muito tempo no purgatório. Estou necessitado de quem reze por mim”. Dito isto, desapareceu. O Padre Pio recordou-se que o convento de São Giovanni Rotondo tinha sido, em tempos, o Noviciado dos capuchinhos.

Oremos.
Prudente São Pio de Pietrelcina, que nutriste uma grande devoção pelas almas do purgatório, pelas quais te ofereceste como vítima expiatória, roga a Deus para que infunda em mim os mesmos sentimentos de compaixão e de amor que tiveste para com as almas do purgatório, para que adquira o bom hábito de rezar por benditas almas, sufragá-las pela celebração da santa missa, expiá-las, aplicando-lhes indulgências por mim alcançadas, ajudando-as assim a alcançar o céu, onde, sem qualquer sombra, hão de contemplar a Deus por toda a eternidade. Amem.

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Meditação: O Padre Pio e o sacramento da confissão

O Padre Pio, bem o podemos dizer, viveu entre o altar e o confessionário. Iniciava o seu dia ainda era noite escura, aproveitando o silêncio para a oração diante do sacrário. Durante horas preparava a celebração da santa missa, onde encontrava forças para a sua grande missão: levar as almas a Deus no sacramento da confissão. Depois de celebrar a santa missa, sentava-se no confessionário horas a fio. Penitentes vindos de todo o mundo, chegavam a permanecer em São Giovanni Rotondo duas semanas, esperando a oportunidade de aceder ao confessionário. E não se pense que o Padre Pio demorava muito cada confissão… três minutos, em média. Um carisma, dom de Deus, permitia-lhe perscrutar as consciências e dar ao penitente o conselho oportuno. Amava o pecador, mas era intransigente com o pecado. Exortava os penitentes com algumas expressões características: “Asseguro-te, vais para o inferno!”; “Quando deixarás de fazer essas porcarias?”; “Não sabes que é pecado mortal? Vai-te embora!!!”. Não se deixava levar pela fisionomia nem pelo aspeto dos penitentes: rico ou pobre, bonito ou feio, homem ou mulher… todos em fila, iguais, fosse ministro ou operário. Às almas, essas sondava-as com o olhar de Deus até às profundezas. Há casos de pessoas que partiram de São Giovanni Rotondo revoltadas com o Padre Pio, por este não lhes ter dado a absolvição. O próprio Padre Pio consolava aqueles a quem não absolvia: “Meu filho, a absolvição não te foi negada para ires para o inferno, mas para alcançares o paraíso”. Todos entendiam e voltavam, movidos por um desejo quase irresistível de conversão. O Padre Pio como que via na luz de Deus a disposição do penitente. Era severo com os que o procuravam por curiosidade, para os que mentiam ou eram hipócritas; e amoroso e compassivo para aqueles que se arrependiam e sentiam dor pelos seus pecados. O seu confessionário não era uma máquina de absolvições, mas um lugar de conversão.

Quando, após a santa missa, o Padre Pio deixava o altar, parecia vir do Calvário; também o confessionário representava para ele uma fadiga imensa, pela sua aversão ao pecado que tanto ofende Nosso Senhor e também pelo receio de não estar na graça de Deus. Eram um homem também com as suas fraquezas… confessava ele: “sem que eu queira, torno-me uma pessoa sem paciência. Este é um espinho que atravessa o meu coração”. E se a virtude da paciência era para ele importante!!! Um sacerdote da região, teve um sonho: apareceu-lhe uma lápide com três palavras. Quando acordou lembrava-se de duas delas: “humildade” e “caridade”, mas esquecera a terceira. Decidiu ir confessar-se ao Padre Pio convicto de que ele lhe recordaria a palavra que havia esquecido, e assim foi: “Paciência, padre”. E logo acrescentou: “Paciência vem de padecer; o amor sem padecimento é um fogo de palha”. Do Padre Pio confessor ficava impresso o gesto solene daquela bênção enquanto pronunciava as palavras da absolvição, que comunicava uma paz que só podia vir de Deus.

Oremos.
Obedientíssimo São Pio de Pietrelcina que assim rezaste: ”A Vós, Senhor, suplico que derrameis sobre mim os castigos que estão preparados para os pecadores e para as almas do purgatório; multiplicai-os da mesma forma sobre mim, desde que convertais e salveis os pecadores e apresseis a libertação das almas do purgatório”, alcance eu, por tua intercessão, a graça de, na mesma medida, detestar o pecado e amar o sacramento da confissão, para a ele recorrer com frequência, arrependido e com sincero propósito de emenda. Amem.

3. Coroinha do Padre Pio ao Sagrado Coração de Jesus.

- Ó meu Jesus, que dissestes “na verdade vos digo, pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á!”, eu bato, procuro e peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
Sagrado Coração de Jesus, eu confio e espero em Vós!

- Ó meu Jesus, que dissestes “na verdade vos digo, tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu Nome, Ele vo-lo concederá!”, ao vosso Pai e em vosso Nome peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
Sagrado Coração de Jesus, eu confio e espero em Vós!

- Ó meu Jesus, que dissestes “na verdade vos digo, passará o céu e a terra, mas a minha Palavra não passará!”, confiado na infabilidade da vossa Palavra eu peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
Sagrado Coração de Jesus, eu confio e espero em Vós!

Ó Sagrado Coração de Jesus, a quem é impossível não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, pobres pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por meio do Imaculado Coração de Maria, vossa e nossa terna Mãe.

- São José, Pai putativo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós!

- Salve Rainha


Memória do Santíssimo Nome de Maria, 2018
Cónego Armando Duarte